segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Ministra da Saúde dispensa presidente do INEM

"Caiu a segunda vítima do complicado processo de reformas na Saúde Luís Cunha Ribeiro foi afastado da Presidência do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), um organismo que tem estado debaixo de fogo não só pela complicada relação com os bombeiros, como por notícias de alegadas falhas na assistência pré-hospitalar. Falhas que se juntaram à onda de encerramentos de serviços de urgência hospitalar e de atendimento nocturno em centros de saúde encetada pelo anterior ministro da Saúde, demitido há 15 dias. A que se somaram ainda críticas da Ordem dos Médicos por oferecer socorro aéreo em helicópteros sem médico.À frente do Instituto, o médico foi responsável pela ampliação da rede de Viaturas Médicas de Emergência e Reanimação. E foi uma das primeiras vozes a defender a profissionalização das equipas de socorro dos bombeiros.O erro de Cunha Ribeiro terá sido, para Duarte Caldeira, o de querer construir uma imagem de "auto-suficiência" conferindo ao INEM "exclusividade" no socorro pré-hospitalar. A política era "secar tudo à volta".O líder dos bombeiros garante ainda que não se trata, aqui, de penalizar o elo mais fraco de uma política governamental. "O INEM caracteriza-se por uma enorme margem de manobra e muito do que é atitude e intervenção resulta daquilo que os seus dirigentes definem, independentemente das orientações políticas superiores". Além de que, se saiu o ministro, diz Duarte Caldeira, é "óbvio e normal que saia também o executor das concepções políticas".

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