terça-feira, 18 de março de 2008

Unidades de Saúde Familiar


O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses admite chegar amanhã a acordo com o Ministério da Saúde sobre os incentivos nas Unidades de Saúde Familiar, depois de a tutela ter aceitado separar suplementos financeiros de resultados institucionais.

Há cerca de um mês, a nova ministra da Saúde, Ana Jorge, apresentou aos parceiros um projecto de portaria que define os incentivos financeiros para enfermeiros e administrativos das Unidades de Saúde Familiar (USF), que foi recebido com reticências pelos sindicatos e pela Ordem dos Enfermeiros. A principal crítica foi a dependência entre os pagamentos e as acções praticadas pelos clínicos, já que os suplementos financeiros ficariam subordinados aos resultados institucionais, que têm de ser cumpridos por todos os elementos da equipa. "A portaria faz depender os incentivos dos enfermeiros dos resultados da equipa multiprofissional e os resultados institucionais dependem fortemente da actividade médica", afirmou na altura o vice-presidente da Ordem dos Enfermeiros, Jacinto de Oliveira. Também o SEP criticou essa dependência e alertou, como já fizera em Janeiro, que os enfermeiros abandonariam as USF ou fariam greve se as normas não fossem alteradas.


As USF são uma nova forma de organização dos serviços de saúde e implicam que médicos de família, enfermeiros e administrativos constituam equipas que se candidatem a criar e gerir uma destas unidades, que pode ou não funcionar nas instalações dos actuais centros de saúde. A USF assegurará os cuidados de saúde a uma determinada população e os seus profissionais são remunerados tendo em conta o número e o tipo de doentes que atenderam. A 10 de Março estavam em actividade 108 USF.
17.03.2008 - 17h15 Lusa

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